Será que “ser usado” por Deus significa ter a “aprovação” de Deus?
Mais importante que ser usado por Deus, é ouvir a Sua voz e obedecer aos Seus comandos.
É aí, “nesse lugar”, que muitos crentes se perdem.
Muitos não sabem de uma grande verdade:
Ser usado por Deus, não significa ter a aprovação de Deus.
Isso é um fato.
E da mesma forma: riquezas, boa condição financeira e boa aparência também não significam que a pessoa está sendo aprovada.
Muitos só atentam para o exterior, para os dons, para o quanto a pessoa é usada por Deus, mas não atentam para o caráter de quem está sendo usado por Deus.
Muitos querem ser usados, desejam isso acima de tudo… Sabe porque?
Porque ser usado por Deus atrai os “holofotes” para nós, atrai a atenção das pessoas, atrai o reconhecimento… E é isso que a nossa alma traiçoeira e enganosa tanto deseja: O reconhecimento das pessoas ao redor, o “aplauso”, o “tapinha nas costas” como sinal de aprovação.
Em outras palavras: A nossa carne deseja a vaidade, ela é suscetível a isso.
Mas será que está errado querer ser usado por Deus?
Claro que não.
O problema não está em “ser usado”. O problema é quando nós pensamos e acreditamos que isso é o máximo, que isso nos faz “bons”, que isso nos faz melhores que os outros, e que isso é tudo que precisamos para sermos aprovados. Que grande engano cometemos.
Por causa da vaidade, da fama, do dinheiro e dos holofotes, muitos tem “mudado o foco”, mudado a meta, e perdido a direção da “porta estreita” e do “caminho estreito” (Mateus 7.14). Muitos crentes e ministros do Evangelho, tem deixado de ouvir a voz de Deus e de obedecê-lo, e trocado isso pelo ativismo de: fazer, fazer, fazer e ser usado “a todo vapor”.
“Ser usado por Deus” não pode ser mais importante que obedecer. Não pode nos envaidecer ou ocupar o nosso coração acima de “obedecer a Deus”, porque obedecer é mais importante que ser usado. E quando obedecemos, acaba que “ser usado” passa a ser uma conseqüência disso.
A Bíblia revela que Ele usou até uma mula, isso mesmo, Deus encheu uma mula com o poder dele e a usou para falar com o Profeta Balaão (Números 22:28,30).
Não devemos valorizar uma pessoa primeiramente pelos seus dons, nem pela unção que flui dela(e), mas sim pelo seu caráter e seus bons frutos (frutos: resultado das atitudes do caráter).
É isso que deve chamar a nossa atenção.
Esse deve ser o critério para consagrar um líder, ordenar um pastor, etc.
Devemos querer ser santos porque devemos querer ser parecidos com Jesus em seu caráter. E o motivo disso, o motivo pelo qual uma pessoa quer a santidade e o caráter de Jesus em sua vida, deve ser porque O ama. E esse amor leva a obedecê-lo.
Ao mesmo tempo que devemos querer ser santos, não devemos querer isso só porque a santidade atrai o mover, o agir e a unção de Deus… Não apenas porque a unção nos respalda e nos dá autoridade… Não.
Eu sei que não é fácil pararmos de olhar e de supervalorizar os dons espirituais das pessoas ao nosso redor. Não é fácil pararmos de olhar para o quanto “Deus usa” as pessoas, e voltarmos a nossa atenção para a santidade e o caráter delas, mas apesar desse desafio, nós (Cristãos) precisamos lutar por isso nas igrejas e no meio do povo de Deus.
Se não fizermos isso, continuarão a surgir escândalos envolvendo o nome do nosso Senhor, e a situação ficará ainda pior, porque pessoas com o caráter deformado estarão sendo consagradas e honradas em púlpitos, nas plataformas, e expostas na mídia pelo Brasil (e pelo mundo) afora.
Se não pararmos, a igreja continuará envergonhando o nome do Senhor. E isso por causa do contraste de seus dons, do quanto Deus usa as pessoas… pessoas que, muitas vezes, ainda não tiveram seu caráter tratado.
Temos que entender que Deus nos usa por pura misericórdia, e nada mais.
Texto: Sarah Sheeva
fui impactado por esse texto da Sarah, e quis na hora compartilhar aqui com vcs, esse era um questionamento meu, encontrei a resposta.
Leomir : )